Bitcoin: A calma antes da tempestade ou apenas um repique técnico?

Enquanto a primeira semana completa de agosto começa, o mercado avança em equilíbrio instável. De um lado, uma recuperação técnica acalma momentaneamente os ânimos após uma queda abaixo dos 112.000 dólares. Do outro, a nervosismo permanece palpável, alimentado por uma volatilidade crescente e uma incerteza macroeconômica persistente. O bitcoin, em particular, mostra sinais contraditórios. Está repetindo seu ciclo de alta ou desliza lentamente para uma nova correção profunda? Uma coisa é certa: os sinais técnicos e fundamentais em torno do bitcoin não deixam ninguém indiferente.

O nível de 116.500 $: ponto de virada ou ilusão do mercado?

O nível de 116.500 dólares se impõe hoje como um verdadeiro pivô para o preço do BTC. Não é um número redondo simples, especialmente para os mineradores que acumularam o equivalente a 1,66 bilhão de dólares em bitcoin no mês de julho. De fato, é um ponto estratégico onde os vendedores a descoberto podem ser varridos por uma onda de liquidações.

TheKingfisher, figura bem conhecida da análise técnica no X, o qualifica como um ímã. Em outras palavras, se o preço ultrapassar essa barreira, o movimento de alta pode acelerar rapidamente.

No entanto, nem todos compartilham desse entusiasmo. Alguns analistas lembram que a volatilidade atual é baixa, o que pode indicar um falso começo. O bitcoin registrou apenas um movimento de 3,6% recentemente, pouco para um ativo acostumado a montanhas-russas.

Essa calma pode esconder uma armadilha ou, ao contrário, preceder um choque importante, onde vários especialistas questionam a possibilidade de um cenário de alta se repetir.

O que é certo é que esse nível técnico cristaliza a atenção. Se for ultrapassado com convicção, os compradores podem recuperar seu apetite. Mas em caso de rejeição, um retorno para os 110.000 dólares, ou até menos, não está descartado. O mercado, por enquanto, prende a respiração.

Bitcoin: entre vendas massivas e apetite dos investidores de longo prazo

Em 1º de agosto, mais de 40.000 bitcoins foram vendidos com prejuízo por detentores de curto prazo. E não são apenas os pequenos investidores. De fato, as baleias, essas carteiras enormes que influenciam as tendências, reduziram sua exposição, sinal de certo desconforto diante da evolução dos preços.

Mas na sombra dessa venda massiva, outro movimento se desenha. As carteiras chamadas acumuladoras, aquelas que compram e nunca vendem, aumentaram seus saldos em 50.000 BTC em um mês.

No lado das plataformas OTC, frequentemente usadas por institucionais, os estoques explodem e agora ultrapassam os 500.000 bitcoins.

Essa dupla face do mercado reflete bem a complexidade atual. De um lado, um grupo de investidores cede ao pânico ou ajusta suas posições. Do outro, uma base sólida continua se fortalecendo para o longo prazo. Se o bitcoin conseguir estabilizar seu preço nos próximos dias, essa demanda silenciosa pode se tornar o combustível para um retorno aos topos. E por que não atingir os 148.000 dólares.