Pedir prestado sin vender tus criptos: Qué cambia la nueva normativa francesa
Uma lei passada despercebida autoriza os mutuários a mobilizar seus ativos digitais como garantia. Uma virada discreta, mas simbólica, para a integração das criptomoedas nas finanças tradicionais.

Em resumo
- As criptomoedas agora podem servir como garantia para um empréstimo na França.
- Apenas alguns bancos autorizados oferecem este crédito Lombard crypto.
- Existe um quadro legal, mas o acesso permanece limitado e muito regulamentado.
Desde 30 de abril de 2025, uma mudança regulatória discreta, mas fundamental, autoriza na França o uso de criptoativos como colateral no âmbito de um crédito Lombard. Até então reservado a valores mobiliários, este mecanismo de financiamento permite agora que indivíduos ou empresas contratem um empréstimo em euros sem vender suas criptos, desde que as depositem em uma instituição bancária autorizada CASP (Prestador de Serviços em Criptoativos).
Na prática, isso permite que um investidor mobilize sua fortuna digital para financiar, por exemplo, uma compra imobiliária ou um projeto profissional, mantendo a propriedade de seus ativos.
Um avanço simbólico, mas ainda sob restrições
Essa mudança de rumo se insere em um quadro europeu ainda cauteloso: as regulamentações vigentes impõem aos bancos cobrir integralmente o risco associado aos criptoativos imobilizando um montante equivalente em fundos próprios. Uma medida que limita atualmente a amplitude desses empréstimos.
Para Ambroise Helaine, diretor França da exchange crypto Bybit EU, “não é ainda uma revolução de uso, mas é uma virada clara do ponto de vista simbólico. O fato de existir agora um quadro legal para usar suas criptos como alavanca nas finanças tradicionais é um avanço importante. Isso envia uma mensagem forte: os ativos digitais não são mais vistos apenas como especulativos, mas também como portadores de valor patrimonial.”
As vantagens para os mutuários são, portanto, reais, mas as condições de acesso permanecem rígidas e os valores limitados.
Uma implementação ainda muito regulamentada
Embora a lei ofereça agora um quadro legal, a prática do crédito Lombard respaldado por criptoativos ainda é cheia de obstáculos. Apenas alguns bancos autorizados CASP estão aptos a oferecer esse tipo de produto, e eles avançam com cautela.
O motivo: o tratamento prudencial dos criptoativos. Classificados como ativos de alto risco, eles obrigam os bancos a mobilizar o equivalente ao montante emprestado em fundos próprios, o que limita fortemente sua rentabilidade operacional.
Paul Bureau, diretor da Oferta de Produtos de Ativos Digitais na Delubac & Cie, explica:
Nem todos os criptoativos são adequados para respaldar um empréstimo Lombard. Na Delubac & Cie, selecionamos apenas ativos muito líquidos e bem capitalizados, como BTC ou USDC. O cumprimento regulatório é central: exigimos uma rastreabilidade completa da origem dos fundos. A elegibilidade também depende do perfil do mutuário e da qualidade da carteira, aos quais são aplicadas margens de segurança via índices LTV ajustados à volatilidade.
Além das restrições regulatórias, também se coloca a questão da custódia dos ativos. Estes devem ser depositados em plataformas sob controle ou em parceria com o banco, o que pressupõe soluções de conservação (custódia) seguras e adequadas.
Ele acrescenta: “O acompanhamento de um crédito Lombard crypto requer uma infraestrutura técnica capaz de valorizar os ativos em tempo real e disparar chamadas de margem instantaneamente em caso de queda rápida. Essa vigilância 24 horas por dia, 7 dias por semana, é complexa e exige sistemas robustos. Além disso, o quadro regulatório obriga um banco francês a imobilizar um euro de fundos próprios para cada euro emprestado; isso limita mecanicamente a capacidade de expansão. Em contrapartida, a custódia não é um obstáculo: somos especializados na conservação segura de criptoativos na França.”
Qual adoção a curto prazo?
Embora o crédito Lombard crypto ainda seja reservado atualmente a um nicho de clientes, a existência de um quadro legal abre caminho para novos usos. É o caso, por exemplo, da gestão patrimonial ou do financiamento de projetos sem desinvestimento. A longo prazo, esse tipo de dispositivo pode se tornar uma ferramenta de otimização financeira para os detentores de criptoativos, especialmente se as regulamentações europeias evoluírem para flexibilizar o tratamento das garantias digitais.
Do lado das instituições bancárias, as mais ágeis ou especializadas podem aproveitar essa nova possibilidade para atrair uma clientela na fronteira entre as finanças tradicionais e o Web3. Um perfil de investidores cada vez mais presente no mercado francês.
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